Marcado por idas e vindas, o grupo de centro-direita capitaneado pelo senador Cristovam Buarque (PPS) decide, hoje, o futuro da chapa majoritária. Após longas reuniões nos últimos dois dias, a coalizão colocou a vaga do Palácio do Buriti à disposição do ex-secretário de Saúde Jofran Frejat (PR), líder em pesquisas de opinião, que integrava uma frente política distinta e abandonou a corrida eleitoral na terça-feira devido à intransigência de aliados. Mas, se até as 14h desta quinta-feira o médico não aceitar a proposta, a coligação apresentará os nomes que disputarão o GDF, a vice-governadoria e o Senado. Estão no páreo pelo Executivo local os deputados federais Izalci Lucas (PSDB) e Rogério Rosso (PSD).
Os encontros que antecederam a decisão foram marcados por embates. Com Frejat fora de cena, a maior parte do grupo integrado por PSDB, PSD, PRB, PPS, PSC e DC defende o nome de Rosso ao Buriti. Para essa parcela, o pessedista tem mais chances de agregar alianças e maior potencial de crescimento na campanha — junto a Cristovam, o parlamentar atuou com um dos principais protagonistas na interlocução com outros partidos.
Já Izalci disse apresentar o melhor perfil para a disputa, pois se prepara desde 2011. Além disso, ressaltou que havia sido lançado pelo grupo ao GDF em maio. Ele chegou a adiantar que, se não ficar com a vaga, trabalhará com duas possibilidades: ficar de fora das eleições em outubro ou concorrer sozinho ao GDF. De passagem por Brasília, até mesmo o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) participou das discussões de ontem.
Apesar do anúncio da pré-candidatura de Izalci há dois meses e do reforço ao apoio em junho, alguns episódios reduziram o suporte do grupo ao tucano. A resistência partidária está entre os entraves. O deputado federal preside o PSDB no DF desde 2015 por sucessivas intervenções nacionais. Para retirá-lo do comando, correligionários protocolaram uma enxurrada de ações judiciais — algumas seguem sem desfecho. Outro complicador é a negociação entre PSD e PSDB a nível nacional. Conforme acordo firmado entre Alckmin e Gilberto Kassab, Rosso seria o cabeça de chapa na disputa pelo GDF.