Ex-mulher é presa suspeita de se juntar a filho para matar marido

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Uma mulher de 52 anos foi presa suspeita de coordenar o assassinato do ex-marido, que teria sido executado pelo filho do casal e mais dois rapazes, para ficar com os bens dele, em Bom Jesus de Goiás, no sul do estado. O filho, que tem 23 anos, já havia sido detido no dia 23 de novembro. Na ocasião, ele levou policiais ao local onde o corpo do pai foi abandonado 11 dias antes.

À Polícia Civil, Brandina Maria de Jesus Pacheco, que não tem profissão, negou envolvimento com o crime. Já o filho do casal, Juliano Gomes de Jesus, que também não trabalha, confirmou participação.

A vítima, identificada como Edmundo Gomes da Silva, de 56 anos, era eletricista e morava sozinha. Colegas de trabalho estranharam a ausência dele, a partir do dia 12 de novembro, e relataram o sumiço na delegacia da cidade.

“[O Edmundo era] Trabalhador, [estava há] 29 anos na mesma empresa”, disse o delegado responsável pelo caso, Rogério Moreira da Silva.

Brandina Maria de Jesus Pacheco, de 52 anos, presa suspeita de coordenar a morte do ex-marido em Bom Jesus de Goiás — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Brandina Maria de Jesus Pacheco, de 52 anos, presa suspeita de coordenar a morte do ex-marido em Bom Jesus de Goiás — Foto: Polícia Civil/Divulgação

De acordo com o investigador, os suspeitos conseguiram sacar R$ 5 mil e transferir outros R$ 2 mil para a conta de Brandina. A vítima tinha quase R$ 100 mil na conta do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

Juliano Gomes de Jesus foi preso suspeito de matar o pai para ficar com dinheiro, em Bom Jesus de Goiás — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Juliano Gomes de Jesus foi preso suspeito de matar o pai para ficar com dinheiro, em Bom Jesus de Goiás — Foto: Polícia Civil/Divulgação

De acordo com o delegado, a única pessoa com antecedentes criminais é Brandina, que já havia sido indiciada por estelionato e falsidade ideológica por causa de um golpe contra outro ex-companheiro.

Investigação

Após a denúncia dos amigos, policiais foram à casa de Edmundo e a encontraram revirada. Nem o carro dele nem os cartões bancários estavam no local. Esses objetos foram encontrados dias depois com o filho, Juliano Gomes de Jesus.

Segundo a polícia, o jovem estava na casa da mãe e disse aos investigadores que o pai tinha deixado o veículo e os cartões com a senha com ele para que ele pudesse usar. Além disso, Juliano disse à polícia que tinha levado o pai próximo à rodoviária, mas não soube informar para onde ele iria.

Juliano, um amigo e o adolescente teriam ido até a casa da vítima e, armados, pegaram a senha bancária, cartões e o carro. Em seguida, mataram Edmundo a tiros, puseram boco no corpo e o abandonaram em um canavial próximo à BR-452.

De acordo com o delegado, os três adultos vão ser indiciados por latrocínio – roubo seguido de morte. Se condenados, podem pegar entre 20 e 30 anos de prisão. Já no caso do adolescente, a punição máxima é de três anos.

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