Vereador goiano é afastado acusado de recolher metade dos salários dos servidores

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A Justiça determinou o afastamento do vereador Rogério Rezende Silva (PR), do município de Itumbiara. A determinação é que ele fique afastado do cargo por 180 dias. O parlamentar e três assessoras são investigados por um suposto esquema de recebimento de salários dos servidores do gabinete.

A decisão tem caráter liminar e é uma resposta a uma ação penal feita pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO). De acordo com o órgão, os funcionários devolviam partes dos salários ao parlamentar. O dinheiro era destinado ao financiamento chamado Ciranda da Saúde. A investigação ainda aponta para a contratação de uma funcionária fantasma, que repassava integralmente o salário e não trabalhava na Câmara dos Vereadores.

O juiz responsável pelo caso, Alessandro Luiz de Souza, afirmou que a ação possui indícios suficientes para o afastamento do vereador. “[…] A deflagração de toda a investigação decorre de delação realizada por servidora que atuou no gabinete do vereador por vários meses, corroborada pela quebra e cruzamento de dados bancários”.

A impresa tentou contato com o parlamentar por telefone, mas o número informado no site estava errado. Em uma rede social, Rogério, que já estava afastado do cargo judicialmente devido a uma ação de improbidade administrativa pelo mesmo motivo, publicou um vídeo no dia 2 de agosto negando o crime.

Ele ainda disse que é vítima de perseguição política e pessoal. E que soube da ação por meio de notícias na televisão.“O Ciranda da Saúde funciona há quatro anos, dois anos antes de eu me tornar vereador”, disse Rogério. “Desde o início tudo foi bancado com dinheiro do meu bolso. Esse é um projeto que já atendeu mais de 20 mil pessoas”, completou.

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