Durante operação realizada nesta terça-feira (18/9), a Polícia Federal prendeu dois ex-servidores ligados ao Ministério do Trabalho e Emprego. Degmar Jacinto Pereira, candidato a deputado estadual pelo PTB, foi detido em Anápolis e Leonardo Soares Oliveira, ex-chefe de gabinete da Secretaria de Política Pública e Emprego, em Goiânia.
De acordo com o MTE, a operação está em andamento, mas o órgão está colaborando com as investigações.
Além disso, foi cumprido um mandado de busca e intimação contra Éder Ignácio, chefe da Seção de Relações do Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho em Goiás.
De acordo com a assessoria de Degmar, o candidato, até o momento, não foi indiciado em nenhum processo criminal. (veja a nota completa no fim da reportagem)
Operação Registro Espúrio
Policiais Federais cumprem 16 mandados de busca e apreensão e 9 mandados de prisão temporária em Brasília, Goiânia, Anápolis, São Paulo e Londrina.
As investigações apontam a atuação de uma organização criminosa junto a entidades interessadas em obter fraudulentamente restituições de contribuições sindicais recolhidas a maior ou indevidamente da Conta Especial Emprego e Salário (CEES).
Os pedidos de restituição eram manipulados pelo grupo com o intuito de adquirir direitos a créditos, conforme também apontou o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União.
Os valores eram transferidos da CEES para as contas bancárias das entidades, com posterior repasse de um percentual para os servidores públicos e advogados integrantes do esquema.
Os investigados responderão pelos crimes de peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, falsificação de documento público e lavagem de dinheiro.
Nota de Esclarecimento
A assessoria de imprensa do Degmar Pereira vem por meio desta nota esclarecer que o ex-superintendente do Ministério do Trabalho em Goiás e atual candidato estadual pelo PTB, foi conduzido nesta manhã (18), para a Polícia Federal da cidade de Anápolis para o esclarecimento sobre a Operação Registro Espúrio.
Degmar Pereira é concursado no Ministério do Trabalho a quase dez anos. Tirou licença em abril para disputar as eleições deste ano. Até o momento, Degmar não foi indiciado em nenhum processo criminal. Apenas foi solicitado um pedido de esclarecimento pelo STF, para elucidar os fatos acontecidos na Operação Registro Espúrio.