Começa a festa do Morango em Brazlândia

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Começa hoje, em Brazlândia, a 23ª edição da Festa do Morango
Brazlândia é a terra do morango. A área rural da cidade domina a produção da fruta na região Centro-Oeste. Em 2018, a produção do Distrito Federal deve chegar a 6,3 toneladas, uma tonelada a mais do que no ano passado, segundo estimativas da Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/DF). Desse total, 98% saem dos 200 produtores de Brazlândia. Com números tão positivos, a cidade é sede da 23ª Festa do Morango, a partir das 19h de hoje. Até 9 de setembro, 80 mil pessoas devem visitar a feira, na Associação Rural e Cultural Alexandre de Gusmão (Arcag). A entrada é gratuita.
A produção na região rural de Brazlândia envolve 150 hectares na época de safra e 30 hectares na entressafra. O fruto é cultivado de forma convencional, orgânico ou protegido, mas a melhor época de colheita é na seca. O clima da capital federal, com temperaturas altas no verão e amenas no inverno, além da altitude, de 1,2 mil metros, contribui para o cultivo. A produtividade média é de 35 mil quilos por hectare. O PIB do morango é de R$ 31,5 milhões.
A venda direta da fruta ficará concentrada na Morangolândia, um espaço de 1,5 mil metros quadrados, onde serão vendidas bandejas de morango a preços mais em conta. Haverá espaço, também, para a degustação da fruta e derivados, mostra agrícola, concurso de receitas, oficinas e feira de floricultura. A festa deve gerar R$ 650 mil em comercialização do produto in natura e derivados, como geleia, licor, polpa, sorvete, suco, bolos e doces “A Festa do Morango atrai gente de todo o DF. Estamos no pico da produção e esperamos boas vendas nesta edição”, afirmou o presidente da Arcag, Takao Makaoka.
A força da produção de morangos na região pode ser medida pela dedicação dos produtores. Há cinco anos, Marcos José de Barros, 37 anos, reservou os dois hectares da chácara somente para o cultivo de morango. A opção deu tão certo que o agricultor precisou arrendar mais duas propriedades próximas, totalizando, atualmente, seis hectares. São 800kg do fruto colhidos diariamente e com destino certo. A caixa com sete bandejas é vendida a R$ 7 para compradores específicos, que comercializam o produto em todo o DF. “O preço das coisas está prejudicando um pouco a gente, mas, mesmo assim, ainda vale a pena plantar morango”, conta Marcos.
A empreendedora Tereza Oliveira Silva do Prado não tem do que se queixar. Lá se vão 19 anos apresentando as suas guloseimas na Festa do Morango. A Delícias do Morango é um empreendimento para a fabricação de tortas, pavês, mousses, cremes e outras gostosuras. Ela conta com a ajuda de toda a família para dar conta do trabalho. Nesta edição da feira, pretende faturar de R$ 35 mil a R$ 40 mil, em média. A matéria-prima é comprada de fornecedor exclusivo da região. “Firmei contrato somente com um produtor, mas, se acontecer algusma coisa e ele não puder atender todo o pedido, tenho um plano B para buscar os morangos de outro”, revela Tereza.

Capacitação

A Festa do Morango também tem foco na capacitação. A Emater/DF realiza encontro técnico com os agricultores, com oficina sobre manejo de ácaro na cultura da fruta, além do Dia Especial de Boas Práticas na Colheita. “Com essas iniciativas, estamos preparando o agricultor para oferecer um produto cada vez melhor, mais seguro e saudável ao consumidor brasiliense”, explica a gerente do escritório da Emater em Brazlândia, Magali de Ávila. A 23 ª Festa do Morango oferecerá, também, atrações artísticas, com a realização de shows diários.

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