“A Ordem não encontrou elementos suficientes para imputar à Adriana esse crime”. A frase foi dita por Bárbara Franco Lira, assistente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e assistente de acusação no julgamento de Adriana Villela. Para ela, as três delegacias de Polícia Civil que investigaram o Crime da 113 Sul falharam.
“Discordo da acusação e da defesa, acho que as ilegalidades começaram na 1ª DP, continuaram na 8ª e foram para a Corvida. Tivemos vários atropelos nas investigações. As ilegalidades continuaram na Corvida. Nós até pedimos intervenção da Polícia Federal, mas não houve necessidade em função da prisão dos executores”, disse Bárbara, nos 15 minutos que teve disponível no julgamento após a fala do Ministério Público.
Ela detalhou o que avaliou como erros de cada delegacia: “Na 1ª DP vimos prisão de inocentes sem embasamento, preso detido antes de ser decretada a prisão, tivemos uma chave plantada com a presença de uma vidente, apreensão de uma carta em um escritório de advocacia sem mandado de busca. Na 8ª DP, observamos a forma truculenta de trabalhar, praticando sequestro e tortura. Na Corvida, onde esperava que tivesse uma atuação séria, queriam, a todo custo, encontrar um responsável para esse crime bárbaro que chocou a sociedade.”
O advogado de Adriana falou em seguida. Para Antônio Carlos de Almeida Castro, Kakay, a arquiteta nunca conversou com o Leonardo, atualmente preso e acusado pelo crime, tinha uma relação amorosa com os pais e não esteve no apartamento das vítimas no dia do triplo assassinato. “A base da acusação é a coisa mais absurda que já enfrentei em 40 anos de profissão. Não há ninguém na família da Adriana que alguma vez duvidou dela. Nós fizemos a prova de onde ela estava no dia 28 de agosto”, exclamou. A sessão teve uma pausa para o almoço às 13h08 e retornará às 14h08 com tréplica do MP quanto às argumentações da defesa.