Solução surge com autorização judicial concedida ao espólio da antiga proprietária dos lotes; mais de 300 imóveis ainda estão irregulares
Após anos de incerteza e insegurança jurídica, moradores do bairro Cruzeiro do Sul, em Valparaíso de Goiás, começam a vislumbrar uma solução concreta para um problema que se arrasta há décadas: a falta de regularização das escrituras dos imóveis adquiridos no local.
O Jornal PERFIL DOS MUNICÍPIOS foi procurado por uma moradora do bairro, que relatou ter ouvido de um conhecido que, após mais de 20 anos de espera, ele finalmente conseguiu escriturar seu lote – sem necessidade de ação judicial ou processo extrajudicial tradicional. A informação chamou atenção, já que grande parte dos moradores enfrenta obstáculos semelhantes há anos.
A reportagem verificou a procedência da informação e confirmamos que o responsável pela condução do processo de regularização é o advogado Dr. Suenilson Sá, profissional conhecido em Valparaíso. Em entrevista, ele explicou que seu escritório atua em parceria com um escritório de advocacia de Brasília, que representa o espólio de Josina Vieira dos Santos, a antiga proprietária do loteamento, já falecida.
Segundo Dr. Suenilson Sá, a inventariante do espólio possui alvará judicial autorizando-a a assinar as escrituras dos imóveis, o que viabiliza uma regularização mais simples, rápida e acessível. Com essa medida, os adquirentes dos lotes podem, finalmente, obter o documento definitivo de propriedade.
“A ausência de escritura registrada desvaloriza os imóveis, gera insegurança e afeta diretamente a tranquilidade das famílias”, afirmou o advogado.
De acordo com um levantamento preliminar feito por sua equipe, mais de 300 lotes no bairro ainda se encontram em situação irregular. A solução, segundo o advogado, é tratar caso a caso: alguns moradores ainda têm pendências financeiras com o espólio, enquanto outros não conseguiram comprovar a quitação da compra do imóvel.
Dr. Suenilson também destacou que a negociação direta com o espólio é o caminho mais viável, tanto do ponto de vista financeiro quanto prático. “Processos judiciais e extrajudiciais são caros e demorados. Quando há possibilidade de acordo direto, a economia e agilidade são significativas”, explicou.
A constatação da nossa apuração confirma: a informação trazida pela moradora procede. A partir da autorização judicial concedida à inventariante, os moradores agora têm a oportunidade real de resolver uma pendência histórica que há anos compromete a valorização e a segurança de seus bens.
Para os interessados, é importante buscar orientação jurídica e reunir a documentação necessária para análise individual do caso. Por André Teixeira – 62 999907919.
