O prefeito de Cidade Ocidental, Fabio Correa, se encontra em uma situação delicada após a deflagração da Operação Ypervoli, conduzida pela Polícia Federal (PF) em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU). A operação, realizada no dia 4 de setembro, visa desmantelar uma organização criminosa que, segundo as investigações, atuava em Goiás e no Distrito Federal, desviando recursos públicos.
De acordo com a CGU, os desvios envolvem contratos em áreas cruciais, como saúde, serviços de locação e manutenção de equipamentos, além de contratações de obras. No total, mais de 100 contratos, que somam R$ 65 milhões, estão sob suspeita de irregularidades.
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) determinou o afastamento de Fabio Correa do cargo, medida que faz parte do desdobramento das investigações. A PF ainda cumpriu 27 mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva e oito medidas cautelares.
Em pronunciamento oficial, Fabio Correa afirmou estar à disposição para colaborar com as investigações, garantindo que prestará todos os esclarecimentos à Polícia Federal e ao Ministério Público. Ele destacou sua fé religiosa e reafirmou sua confiança em Deus, mas em nenhum momento negou as acusações ou mencionou as graves denúncias.
Durante seu discurso, o prefeito também salientou que, segundo o Tribunal de Contas dos Municípios, Cidade Ocidental se destaca como o município com maior transparência em Goiás, um dado que ele mencionou como uma defesa de sua gestão.
A Operação Ypervoli levantou uma série de questionamentos e apreensões entre os cidadãos de Cidade Ocidental, que aguardam os próximos passos da Justiça e o desenrolar das investigações.