Uma investigação policial em Goiânia está lançando luz sobre práticas controversas na Diretoria de Vigilância em Zoonoses, onde um médico veterinário de 64 anos é acusado de eutanásia pelo menos dois cães saudáveis sem justificativa legal. A ação da Polícia Civil de Goiás, que incluiu mandados de busca e apreensão, visa esclarecer se outros animais foram vítimas do mesmo crime de maus-tratos.
Simelli Lemes, titular do Grupo de Proteção Animal (GPA) de Goiânia, revelou detalhes da operação, destacando que os mandados foram cumpridos na terça-feira passada. O veterinário também teve sua residência alvo de investigação, onde foram encontrados medicamentos utilizados em eutanásia e um livro sobre a prática com páginas arrancadas deliberadamente para encobrir evidências.
Os eventos que desencadearam a investigação ocorreram em 9 de maio, quando dois cães foram supostamente sacrificados na Zoonoses. Um dos casos foi a pedido da tutora, alegando ter sido mordida pelo animal. O segundo envolveu um cão recolhido das ruas, também com histórico de mordidas. No entanto, segundo Lemes, tais práticas não são mais aceitas pelos protocolos atuais.
“Acreditamos que o veterinário agia por convicção própria, talvez entendendo erroneamente que tais ações ainda eram aceitáveis”, afirmou Simelli Lemes. A comunidade está preocupada com a possível escala do problema e espera que a investigação esclareça todas as circunstâncias e responsabilidades envolvidas.
A Polícia Civil está conduzindo o caso com seriedade, considerando as evidências coletadas e o depoimento do médico veterinário, ouvido na delegacia nesta quarta-feira. A cidade aguarda respostas sobre como tais práticas ilegais foram possíveis e quais medidas serão tomadas para evitar que algo semelhante ocorra no futuro.
Enquanto isso, organizações de proteção animal e ativistas locais estão vigilantes, buscando garantir que todos os animais, especialmente os indefesos, sejam tratados com o respeito e a dignidade que merecem.
