Deram golpe no DF e dançaram em Goiás

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A Polícia Civil de Goiás, em apoio à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), deflagrou, na manhã desta quinta-feira (26), a Operação São Francisco, em desfavor de suspeitos de aplicar golpes do falso empréstimo e causar prejuízo em diversas vítimas do Distrito Federal. Nesse sentido, após autorização, os policiais cumpriram cinco mandados judiciais de busca e apreensão no Estado de Goiás. Os endereços dos mandados estão localizados nos municípios de Goiânia/GO e Trindade/GO. Na ocasião, duas pessoas foram presas em flagrante por possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com determinação legal.

De acordo com as investigações, para aplicação do golpe, os criminosos enviam mensagens SMS para vítimas do Distrito Federal oferecendo empréstimos a juros abaixo do mercado e com números de telefone para contato. Após o primeiro contato telefônico com os criminosos, a vítima é orientada a enviar documentos pessoais e preencher ficha de cadastro por meio de site em nome da empresa de fachada ou enviar a documentação para o e-mail informado pelo falso atendente.

Em seguida, a vítima recebe uma ligação informando que o “empréstimo” foi autorizado, mas que, para tanto, deverá realizar o pagamento de 10% do valor pretendido em conta bancária de titularidade de pessoa física informada pelos golpistas.  Depois de a vítima efetuar o primeiro pagamento e expirar-se o prazo estipulado para o recebimento do “empréstimo”, sem que haja o efetivo depósito do valor “contratado”, a vítima entra novamente em contato telefônico com a empresa e recebe nova informação de que um segundo depósito é necessário, referente à taxa, tarifa ou imposto extraordinário.

Por fim, a vítima “contratante” só percebe que foi vítima de um golpe depois de realizar diversos depósitos em contas bancárias de terceiros, sem nunca auferir o valor do “empréstimo” acordado, momento em que deixa de efetuar os pagamentos e solicita a rescisão do “contrato”,  mas o suposto atendente deixa de atender suas tentativas de contato ou solicita novo depósito para que efetue a falsa rescisão. Frustrada, a vítima se encaminha à delegacia e registra ocorrência policial narrando os fatos.

Segundo do delegado Daniel de Oliveira, titular da DERCC, entre as vítimas, foram identificados funcionários públicos, jornalistas, policiais, dentre outros. “Por vezes, são pessoas que estão enfrentando dificuldades financeiras, muitas delas passando dificuldade em virtude da pandemia. Foram vítimas pessoas que, por vezes, não possuem a porta aberta em instituições financeiras oficiais e procuram, desesperadas, oportunidade de obtenção de créditos”, comenta.

A ação contou com ação célere do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios – MPDFT. Após a finalização das investigações, os investigados poderão responder por estelionato na modalidade eletrônica, lavagem de dinheiro, organização criminosa, bem como falsificação de documento público e particular. – PCGO

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