Pré-candidato à presidência pelo PDT, Ciro Gomes reagiu à decisão do presidente de revogar decretos de luto de várias personalidades e políticos, entre eles o presidente da Câmara Luís Eduardo Magalhães (1998), e de seu pai, senador Antônio Carlos Magalhães (2007).
Em desabafo feito no Twitter, o pedetista definiu Bolsonaro como uma “negação como presidente, negacionista por vocação e estúpido por natureza” e que cassar o decreto de luto de pessoas como Darcy Ribeiro, antropólogo, historiador e romancista, é “assumir” a sua identificação com o autoritarismo da Ditadura Militar.
“Cassar luto oficial de heróis como Darcy Ribeiro é assumir a mesma identidade digital dos que negaram atestado de óbito aos desaparecidos nos porões da ditadura militar”, criticou
“Para Bolsonaro, aqueles fascínoras são mitos e heróis. Para a história, criminosos indefensáveis. Esse tipo de decreto da história ninguém consegue cancelar”, finalizou.
Depois de ignorar a morte de diversos artistas de importância mundial como Moraes Moreira e, mais recentemente, Elza Soares, e decretar luto oficial pelo falecimento de Olavo de Carvalho, Bolsonaro revogou ao todo 25 decretos de luto. Eles foram publicados em gestões passadas.
Segundo Bolsonaro, o “revogaço” tem o objetivo de anular normas “cuja eficácia ou validade encontra-se completamente prejudicada”.