João Teixeira de Faria, o médium popularmente conhecido como João de Deus, recebeu na manhã desta terça-feira, 25, mais uma condenação. A decisão do juiz Renato César Dorta Pinheiro estabelece que o réu cumpra mais dois anos e meio de prisão pelo crime de violação sexual mediante fraude.
O processo em questão envolvia dez vítimas apresentadas pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), mas o Poder Judiciário rejeitou a acusação de nove delas. Em nota, a defesa de João de Deus alegou que irá recorrer da sentença, a fim de provar a inocência do indivíduo.
“A defesa irá recorrer da referida sentença reforçando a inocência de João de Deus, especialmente por conta da fragilidade das provas apresentadas no processo e também reafirmar a dúvida razoável acerca da condição da vítima, que a despeito de alegar ter sido violada em sua intimidade sexual buscou insistentemente estar na presença daquele, que seria o seu agressor, por mais de uma vez, sem criar embaraços.”, afirma o texto.
Denúncias e sentenças
As denúncias contra João de Deus vieram a público em dezembro de 2018, depois que quatro mulheres relataram os crimes sexuais que sofreram por parte do médium. Elas falaram sobre seus casos no programa Conversa com Bial, exibido pela Rede Globo para todo o Brasil.
Depois das denúncias feitas por essas vítimas, centenas de outras mulheres também denunciaram o homem. O caso ganhou repercussão internacional, uma vez que João Teixeira de Faria era conhecido por seu trabalho também fora do país.
Mais de dez ações movidas contra o médium ainda não obtiveram uma sentença. Até o momento, o homem foi condenado a 3 anos de reclusão por posse ilegal de arma de fogo; 19 anos e 4 meses por violação sexual e estupro de vulnerável e 40 anos também pelos estupros cometidos contra outras cinco mulheres. No momento, graças à pandemia de covid-19, João Teixeira de Faria cumpre prisão domiciliar em sua casa na cidade de Anápolis.
