Existe uma zona cinzenta entre quem briga por uma vaga na Libertadores e quem luta para não ser rebaixado no Campeonato Brasileiro, um limbo de objetivos, onde o que importa é a contagem regressiva para o fim da temporada. O Vasco parece fadado a ocupá-la. Nesta quarta-feira, a equipe enfrentou o Grêmio em São Januário. Foi dominada na maior parte do tempo e perdeu por 3 a 1, a despeito dos seis desfalques que pesaram sobre a escalação do rival.
Não é que a equipe tenha atuado mal na Colina. É mais uma questão de realidade, de que o Grêmio, mesmo tão desfalcado, ainda é melhor. A aplicação tática esteve lá, a entrega, também. Teve até sorte, quando Guarín abriu o placar numa cobrança de falta mediana que entrou graças à falha de Paulo Victor.
Mas depois disso o time gaúcho foi se impondo, e impondo, até que os gols saíram naturalmente. Primeiro, com uma finalização de fora da área de Pepê. Depois, já no segundo tempo, com um belo gol de Everton que começou a ser construído quando Richard não soube o que fazer com a bola e acabou desarmado.
O Vasco levou perigo com Guarín outras duas vezes, com uma cabeçada de Marrony no travessão e duas finalizações perigosas do atacante. O time não jogou mal como o placar passou a dizer depois que o Grêmio marcou o terceiro, em cobrança de pênalti convertida por Luciano.
Com o resultado, o time de Vanderlei Luxemburgo permaneceu com 38 pontos e está na 11ª colocação. O fim da rodada na quinta-feira dará uma noção melhor de qual é a situação nesta zona cinzenta do Campeonato Brasileiro. Na partida que vem, sábado, enfrentará o Fluminense no Maracanã.
– Agora é lamber as feridas. Abrir o placar, o Grêmio correu atrás e não conseguimos empatar. Sabíamos que seria um jogo muito difícil e teremos outro jogo complicado pela frente – resumiu o zagueiro Leandro Castan.