A matéria que autoriza a venda de 49% das ações ordinárias da Saneago e abre o capital da empresa (permite entrada na bolsa de valores) não teve tempo hábil para ser votada nesta quinta-feira (31) na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). Ela sequer foi colocada na pauta. A sessão foi suspensa por causa do Fórum de Defesa a Soberania Nacional e Defesa das Estatais, marcado para as 16 horas.
Na ocasião, o líder do governo Bruno Peixoto (MDB), que desistiu de colocar a pauta, também pediu a queda de interstício para votar a matéria que autoriza o parcelamento em até dez vezes o licenciamento, IPVA, multas e juros na semana nacional de conciliação dos débitos. O evento ocorre no dia 4 de novembro. Interstício é o prazo de 24 horas de votação entre a primeira e a segunda votações. A matéria foi aprovada em segunda votação.
Outra pauta validada na mesma circunstância foi a conhecida como proposta do desmanche (regula sobre a compra de peças de carros sinistrados).
De volta a Saneago, a matéria prevê a venda de 49% das ações ordinárias da estatal e o investimento de 30% dos recursos primários conseguidos em saneamento. Este último entrou por meio de emenda do deputado Rubens Marques (Pros).
O parlamentar do Pros, apesar de ter apresentado a emenda, disse que não votaria na matéria. “Eu não tenho como votar contra a Saneago. Passei por lá 38 anos”, disse o ex-funcionário da estatal.
Já Lêda Borges (PSDB) criticou a alteração da emenda de Rubens, que originalmente previa a venda de ações secundárias. Segundo ela o dinheiro das primárias já teria de ser destinado, obrigatoriamente, em 100% para saneamento.