Seis vereadores, secretários e ex-prefeito são presos em Goiás

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Uma operação conjunta entre as Polícias Civil, Federal e Militar prendeu seis vereadores, secretários e o ex-prefeito de Araguapaz, José Segundo Rezende Júnior, por corrupção, troca de favor e recebimento de propina na Câmara Municipal e Prefeitura da cidade. As prisões ocorreram na manhã desta terça-feira (17), no município citado.

Estão sendo cumpridos mandados de prisão e busca e apreensão na casa dos investigados e na Câmara de Araguapaz. A ex-prefeita do município, Márcia Bernadino de Souza Rezende, que teve o mandato cassado em agosto deste ano, também é alvo da operação, mas ainda não foi detida. A ex-gestora já responde por improbidade administrativa e crimes contra administração pública.

Em nota, a Polícia Civil (PC) informou que o número final de mandados cumpridos será divulgado “em momento oportuno”. As diligências continuam sendo realizadas com o objetivo de apurar crimes de associação criminosa, corrupção ativa e passiva e falsidade ideológica. Os presos serão trazidos para Goiânia ainda nesta terça-feira (17).

De acordo com denúncia do MP, o ex-prefeito José Júnior e a esposa Márcia Bernadino, também ex-gestora, praticavam atos de gestão da administração vigente. O político tinha sido, inclusive, nomeado para compor a Comissão de Transição do Governo de Araguapaz. Além disso, ele teria participado de eventos oficiais representando a prefeitura, o que configura – segundo o órgão -, usurpação da função pública delegada à Márcia Bernardino

Para a juíza Marianna de Queiroz Gomes, as provas apontam para a suposta prática de ato de improbidade pelos réus, de modo que a prefeita transferia a função pública ao marido, que já teve seus direitos políticos suspensos atos de improbidade realizados em seu mandato.

Em fevereiro de 2019, a Justiça goiana determinou o afastamento de Márcia do comando da cidade por 180 dias, uma vez que documento assinado pelo coordenador da Procuradoria de Justiça Especializada em Crimes Praticados por Prefeitos, João Teles de Moura neto, e pela promotora Andreia Zanon Marques Junqueira, apresentava fortes indícios da prática irregular. No entanto, por força de outra decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), a prefeita conseguiu retornar ao cargo antes do fim do referido período.

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