– Hoje me sinto com um pouco mais de bagagem. Quando se disputa muitos jogos por competições importantes, como Libertadores, Sul-Americana, Brasileiro e Copa do Brasil, você acaba ganhando mais rodagem, se tornando mais experiente. Quanto mais complicadas forem as partidas, mais a gente cresce. Acredito que não fui bem contra o Jorge Wilstermann e LDU, as duas partidas na altitude, mas nas demais me portei bem. Aprendi bastante na temporada e agora estou mais calejado – afirmou o prata da casa, em entrevista coletiva.
Ricardo ao lado de Andrey durante trabalho no CT do Almirante- Foto: Rafael Ribeiro/Vasco.com.br
Além de ter sido provocado pelo número alto de minutos em campo no ano passado, o crescimento de Ricardo Graça é fruto também de uma rotineira troca de experiência com os outros jogadores de sua posição, casos de Breno, Leandro Castan e Werley. É comum ver o jovem zagueiro conversando com os companheiros antes, durante e depois cada uma das atividades. A relação de amizade foi exaltada pelo talentoso defensor.
– O Castan e o Werley são dois zagueiros experientes e que formaram a nossa dupla de zaga no ano passado. Outro que está sempre conversando comigo é o Breno, pra quem torço que volte o mais rápido possível. A experiência desses três jogadores, que jogam muito e possuem muita bagagem, com certeza me ajuda. Jogar é sempre bom, mas procuro manter os pés no chão, a cabeça no lugar, até porque quando voltarem, eles com certeza devem atuar. Vou seguir lutando pelo meu espaço, pois sei que o professor vai decidir o que for melhor para o Vasco – disse Ricardo.
Quando questionado sobre o momento vivido pelo Gigante da Colina no Campeonato Brasileiro, o camisa 14 fez questão de enaltecer o resultado obtido diante do Internacional, lembrando que o adversário é um forte candidato ao título da Conmebol Libertadores. Ricardo Graça também pregou respeito ao Ceará, citando a qualidade do ex-companheiro Thiago Galhardo, mas frisou a importância do Vasco ser protagonista em São Januário.
– Foi um resultado que nos trouxe mais tranquilidade. O bom dessa vitória foi que derrotamos um time que é candidato ao título, não só do Brasileiro, mas também da Libertadores. É uma equipe de qualidade. Vi muita gente falando que a gente recuou no segundo tempo, mas não foi isso que aconteceu. O time deles empurrou a gente para trás, pois tem muita qualidade. É normal quando você tem uma vantagem de 2 a 0 dar um abaixada na linha e apostar nos contra-ataques. É nesse momento que a defesa precisar atenta e segura. Temos que saber sofrer – declarou o zagueiro, acrescentando na sequência.
– O Ceará tem qualidade também, e vem muito bem dentro da competição. Possui vários jogadores enorme potencial, como é o caso do Thiago Galhardo, que já jogou conosco. Conhecemos muito bem a qualidade dele. Temos que colocar o pé no chão, respeitar o adversário, mas sem esquecer de fazer valer o fato campo. Estaremos em casa e precisamos mandar no jogo. Aqui é Vasco e temos que jogar como Vasco, como bem disse o professor. O torcedor pode ter certeza que a gente vai continuar brigando. Não importa o adversário, se é o Inter, o Palmeiras ou o Ceará, dentro de casa, em São Januário, temos que jogar como Vasco, ser protagonista – finalizou o camisa 14.