TCE-Goiás na mira do Minstério Público

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O Ministério Público de Contas do Estado de Goiás (MPC-GO) entrou com uma representação para investigar a situação irregular de vários servidores do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO). Entre os problemas encontrados estão supersalários para comissionados, relação de parentesco com conselheiros do órgão e efetivação nos cargos de funcionários não concursados.

O TCE é responsável por fiscalizar o bom uso do dinheiro público. Uma situação que chama a atenção é o vencimento pago para alguns dos servidores em relação ao cargo que ocupam. É o caso de Frederico Antônio Sebba, filho de José Sebba, ex-presidente do TCE.

Ele foi contratado pelo pai em 1991, quando tinha apenas 14 anos. Atualmente na função de motorista, recebe R$ 22,8 mil para desempenhar uma carga de 6 horas diárias. Frederico foi procurado pela TV Anhanguera e não retornou o contato até a publicação desta reportagem.

Já outro servidor, Fausto Baylão Marques, ganha R$ 19 mil mensais para trabalhar por meio período no departamento de cópias. À reportagem, ele disse que vai comentar o assunto quando for notificado.

Segundo o procurador do Ministério Público de Contas, Fernando Carneiro, ao todo, são 91 servidores em condições irregulares no órgão.

“Infelizmente, o Tribunal de Contas do Estado de Goiás funcionou, no passado, como uma corte que privilegiou os amigos e os parentes, nunca uma corte que ajudou a controlar a administração pública. Isso é extremamente grave”, afirma.

Ele explica que a situação é irregular porque todos eles foram contratados após a Constituição de 1988 sem concurso público e mesmo assim se tornaram servidores efetivos.

Apesar da contratação irregular, alguns servidores conseguiram se aposentar pelo TCE mesmo sem ter direito ao benefício. Um dos casos é de Olinto do Carmo Souza Teixeira. Ele foi nomeado em 1991 e se aposentou dois anos depois. Atualmente, recebe R$ 24 mil. – G1 Goiás 

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