“Uma locomotiva de ideias, presença inspiradora (pausa). Não importava se o tempo estava bom ou ruim, o olhar dele era sempre para frente”. A frase dita entre risos e pausas, como quem remexe um baú de memórias, é de Luiz Marcelo Pinheiro Chaves, genro de Márcio Cotrim, pioneiro, escritor, ex-secretário de Cultura do Distrito Federal. Cotrim morreu por volta das 12h30 desta segunda-feira (8/4), em casa, aos 80 anos.
Advogado, comunicador e escritor, Márcio Cotrim estava na companhia da mulher, Eliana Cotrim, quando deu o último suspiro na residência onde viveu por mais de três décadas, no Lago Sul. Ele deixa duas filhas, Flávia e Mônica; e cinco netos: Gustavo, Rodrigo, Thiago, Guilherme e Alexandre.
Nascido no Rio de Janeiro (RJ) em 14 de março de 1939, Cotrim veio para a capital em 1972 e usou o poder da comunicação a seu favor. Atuou como assessor de propaganda e promoções do Banco do Brasil e, posteriormente, assumiu a secretaria de Cultura e Esporte do Distrito Federal, sendo o responsável pela criação do Conselho de Cultura e do Fundo de Apoio à Cultura (FAAC).
Em 1992, entrou para o grupo dos Diários Associados, construindo um legado de informação e cultura. Por quatro anos, respondeu pela direção de marketing do Correio Braziliense e, depois, assumiu o cargo de diretor executivo da Fundação Assis Chateaubriand. Atualmente, atuava na liderança cultural da fundação.
Paixão pela cultura
Cotrim completou 80 anos em 14 de março. Segundo o genro, Luiz Marcelo, ele estava com complicações de saúde e, últimamente, preferia ficar em casa e aproveitar os almoços em família. “Ele era uma pessoa atenciosa, caseira e sempre muito ligado à área de cultura, em geral”, conta Luiz Marcelo.
O médico de Márcio Cotrim chegou à casa dele por volta das 14h. Somente após avaliação, será possível dizer as causas da morte. Segundo Luiz Marcelo, a família optou por fazer o sepultamento no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul. Ainda não estão definidos os horários de velório e enterro.