O presidente da antiga Agência Goiana de Transporte e Obras (Agetop) e atual Goinfra, Enio Caiado, suspendeu a fiscalização por radares móveis em rodovias estaduais em Goiás. De acordo com o órgão, a medida tem como objetivo evitar irregularidades em cobranças de multa. A decisão é uma das promessas de governo de Ronaldo Caiado.
Em vídeo gravado com o deputado estadual Amauri Ribeiro (PRP), o presidente anunciou a proibição total e imediata de radar móvel em qualquer rodovia do Estado. “Vocês podem ter certeza que os radares vão sumir das nossas rodovias”, disse. O parlamentar também fala sobre a suspensão do uso desse tipo de radar, e que para ele, a fiscalização é uma farra com o dinheiro público. “Não haverá mais pardalzinho escondido atrás de moita de bambu, em curva de GO e principalmente em pé de ponte. Era uma farra legalizada que o governo que saiu tinha para roubar o dinheiro do goiano”, afirmou.
Em nota, a Goinfra garantiu que a medida não deve modificar a fiscalização fixa nas rodovias. De acordo o um texto, um levantamento está sendo feito pela nova gestão e vai apurar a quantidade de radares móveis que deixarão de funcionar. O estudo também irá divulgar o quantitativo de fiscalizações fixas nas estradas. Agora a fiscalização passa a ser feita pelos radares fixos espalhados pelas rodovias goianas.
Além da suspensão dos radares, outra mudança é no nome do órgão. A Agetop passa agora a se chamar Goinfra a pedido do governador. Caiado afirmou que na reforma administrativa que vai promover no Estado, o nome da entidade precisa ser mudado porque virou sinônimo de corrupção inclusive com o ex-presidente do órgão sendo preso em duas operações da Policia Federal (PF).
A proposta de reforma administrativa do governador não prevê que a entidade vá se juntar com outro órgão estadual. Com isso a Goinfra vai continuar uma entidade autárquica do Estado, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial. “A mudança do nome é positiva para fazermos uma nova gestão pautada pela honestidade, legalidade e ética, com compliance e governança corporativa”, destaca o atual presidente.
Acidentes
Especialistas afirmam que ainda é cedo para avaliar se a ausência dos radares móveis nas rodovias estaduais pode gerar um aumento no número de infrações. – Isabela Martins do Jornal O Hoje
