O senador goiano, Luiz do Carmo (MDB), se reuniu com o Presidente da República em exercício, General Hamilton Mourão, em Brasília. Na oportunidade, o senador conversou com Mourão sobre as reformas administrativas que o governo Bolsonaro pretende implementar no país e principalmente sobre segurança pública. Mourão assumiu a presidência com a viagem de Bolsonaro à Davos.
O senador é base do governo Bolsonaro e garantiu que irá apoiá-lo se seu trabalho for um reflexo do que ele prometeu na campanha. “A população deixou claro nas urnas que não está mais disposta a arcar com as consequências dos equívocos da classe política. Bolsonaro, eu, e todos os outros, não temos mais o direito de errar. Deixei claro para o Mourão hoje que estou disponível para apoiar em tudo que for positivo para o povo Brasileiro”, firmou.
Reforço na segurança
O senador Luiz do Carmo assumiu a vaga deixada pelo governador Ronaldo Caiado e prometeu focar sua atuação em pautas que endureçam as leis e tragam mais segurança para a população. Do Carmo perdeu a filha, vítima de latrocínio, há seis anos. O impacto da perda refletiu na atuação do parlamentar no senado. Sua principal bandeira é o endurecimento do código penal brasileiro. “Nenhuma pena traz a vida de quem amamos de volta. Mas ver os culpados pagando pelos seus crimes traz a sensação de que a justiça está, de fato, sendo feita”, explicou o senador em entrevista ao O Hoje.
Em tratativas com o vice-presidente Mourão, Luiz argumentou que é preciso que o Brasil possua um aumento real das penas, de modo a garantir que crimes graves fiquem efetivamente segregados por longos períodos de tempo. Segundo o senador, isso garantiria a finalidade principal da pena: a contenção de criminosos.
“Quando vejo assassino saindo da prisão após cumprir uma fração da pena me dói o coração, porque sei que vou sofrer daqui uns anos ao ver as pessoas que usurparam a vida da minha filha andando em liberdade. Vou dedicar muito minha atividade parlamentar em ajudar, e garantir, que esse tipo de coisa não aconteça mais”, afirmou.
Presidência
O vice-presidente em exercício está à frente do país desde que Bolsonaro viajou na terça-feira (22) ao Fórum Econômico Mundial, em Davos. Nas poucas horas que ficou com o cargo, Mourão encontrou com aliados, concedeu entrevistas e opinou sobre diversos assuntos. Mourão defendeu a flexibilização do porte de armas, argumentando ser uma promessa de campanha, Mourão disse ser favorável a mudanças da aposentadoria militar, assunto polêmico dentro da reforma da previdência.