Policiais civis da Delegacia de Bom Jesus de Goiás, com o apoio do Grupo de Repressão a Narcóticos (Genarc) de Itumbiara, prenderam, no dia 23 de novembro, Juliano Gomes de Jesus, de 23 anos, suspeito roubar, matar e enterrar o próprio pai, Edmundo Gomes da Silva, de 56 anos, que estava desaparecido desde o dia 12 de novembro. Juliano confessou o crime e apontou o local onde enterrou o corpo do genitor.
De acordo com as investigações, os colegas de trabalho de Edmundo estranharam o fato de ele não ter comparecido ao trabalho, em uma usina, no dia 13 de novembro. A Polícia Militar foi, então, acionada, e, em deslocamento até a casa da vítima, encontrou a residência revirada. Em busca no local, ficou contatado ainda que os cartões bancários e o veículo de Edmundo haviam sido levados.
Diante do desaparecimento suspeito, a Polícia Civil instaurou inquérito policial, momento e que o caso foi tratado como desaparecimento com contornos criminosos. Colhidos alguns depoimentos visando apurar os últimas passos da vítima, a Polícia Civil identificou que os objetos que foram levados da casa estavam em poder do Juliano, filho do desaparecido.
No dia 14, os cartões bancários da vítima e o veículo foram apreendidos na posse de Juliano, que reside com sua genitora em outra residência. Inicialmente, Juliano alegou que, dois dias antes, seu pai havia lhe cedido o cartão do banco, senha e o veículo para “gastar à vontade”. Na sequência, segundo relatos do suspeito, ele teria deixado seu pai próximo à rodoviária, onde vítima teria seguido a lugar incerto e não sabido.
Ocorre que, desconfiando do depoimento de Juliano, pois os depoimentos das demais testemunhas relatavam que o relacionamento entre pai e filho não era harmonioso, a Polícia Civil requisitou exame pericial no veículo, que constatou a presença de sangue no banco do passageiro, maçaneta e painel. Além disso, informações davam conta que Juliano teria lavado o veículo na noite do desaparecimento, além de ter sacado grande quantia em dinheiro da conta bancária do pai.
Diante do exposto, a Polícia Civil representou pela decretação da prisão preventiva de Juliano, por ser o principal suspeito de ter matado a vítima e ocultado seu corpo. Preso no dia 23 de novembro, Juliano confessou sua participação no crime de latrocínio. De acordo com seu depoimento, ele e outros comparsas, de posse de arma de fogo, teriam subjugado a vítima, em sua residência, à procura de dinheiro, forçando-a a pegar a senha do banco e a chave do veículo .
Em seguida, após assassinarem a vítima, ocultaram seu corpo em um canavial, próximo à BR-452 no sentido a Itumbiara, local onde o corpo foi encontrado pelos policiais civis. Recolhido ao presídio, Juliano ficará à disposição da justiça e deverá responder pelos crimes de latrocínio e de ocultação de cadáver. A investigação prossegue, no sentido de identificar e prender os demais envolvidos.