Senadores de Goiás repudiam aumento salarial do Judiciário

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Para parlamentares, que também se declararam contra o reajuste, a preocupação da política brasileira deveria ser a geração de empregos

Os senadores eleitos por Goiás em 2018, Jorge Kajuru (PRP), Vanderlan Cardoso (PP) e o suplente de Ronaldo Caiado (DEM), Luís Carlos do Carmo (MDB), que também assume em 2019, repudiaram o aumento do Judiciário, aprovado pelo Senado Federal na última quarta-feira (7/11). O projeto de lei concede acréscimo de 16% aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e ao procurador-geral da República, a partir do ano que vem.

O senador eleito, Jorge Kajuru, definiu a legislação como absurda. “É evidentemente um absurdo. Eu não cometeria tal barbárie”, afirmou ao Jornal Opção.

Já Luís Carlos, do MDB, e suplente do Governador eleito, ressaltou o impacto negativo nas contas públicas, e defendeu o posicionamento dos atuais senadores goianos que foram unanimes ao votarem contra.

“O Brasil está em crise. Se eu estivesse votando, com certeza seria contra. Temos outras prioridades, como a geração de emprego. Há milhões de desempregados no nosso País. Temos que pensar primeiro no povo para depois aumentar salario”, defendeu Luís Carlos.

O senador também ressaltou que todos os parlamentares por Goiás votaram contra o reajuste que altera o subsídio dos 11 integrantes do STF e da atual chefe do Ministério Público Federal, Raquel Dodge, de R$ 33,7 mil para R$ 39 mil. “Eles [os senadores goianos] estão certos em relação a isso. O impacto é muito grande nas contas públicas”, afirmou.

Além disso, a aprovação da proposta provoca um efeito cascata sobre os funcionários do Judiciário. Com isso, o judiciário abre as portas para um possível aumento dos vencimentos dos parlamentares e também do presidente da República.

Vanderlan Cardoso (PP) informou, por meio de nota, que concorda com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) de que “não é o momento pra esses tipos de aumentos”. Vanderlan ressaltou ainda que independente do mérito, o País passa por um momento delicado onde é urgente a necessidade de ajustes e enxugamento da máquina pública para reduzir gastos e, esse aumento, vai à contramão do que a população espera dos políticos. – Por: Wilton Morais

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