A PF (Polícia Federal) iniciou a operação Tritão na manhã desta quarta-feira (31) contra fraudes a licitações na Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo). A ação é conjunta entre a PF, Controladoria Geral da União, Tribunal de Contas da União, Receita Federal e Ministério Público Federal.
O presidente da Codesp, José Alex Oliva, é um dos investigados na operação.
Segundo as investigações da PF, o grupo atuava em processos licitatórios das áreas de tecnologia da informação, dragagem e consultoria. A PF apura supostas irregularidades em vários contratos que “seriam realizados por meio de fraudes envolvendo agentes públicos ligados à estatal e empresários”. Dentre as irregularidades estão contratações direcionadas e antieconômicas, aquisições desnecessárias e ações adotadas para simular a realização de serviços.
Os contratos investigados são estimados em mais de R$ 37 milhões. A PF afirma que o “vídeo postado na internet no mês de setembro de 2016, no qual um assessor do Presidente da CODESP confessava a prática de diversos delitos ocorridos no âmbito daquela empresa”.
As autoridades cumprem sete mandados de prisão temporária e 21 de busca e apreensão em São Paulo, Santos, Guarujá, São Caetano do Sul, Barueri, Rio de Janeiro, Fortaleza e Brasília.
Os mandados foram expedidos pela 5ª Vara da Justiça Federal de Santos. Estão atuando 100 policiais federais, oito auditores da CGU e 12 servidores da Receita.
Os investigados responderão pelos crimes de associação criminosa, fraude a licitações, peculato, corrupção ativa e passiva. As penas variam de um a 12 anos de prisão.