UEG realiza Congresso de Ensino, Pesquisa e Extensão

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Termina nesta sexta-feira, dia 19, o V Congresso de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade Estadual de Goiás (Cepe/UEG). O evento começou na quarta-feira, dia 17, com apresentação de painéis e pesquisas.

 

Elisângela Gonçalves dos Santos, aluna da Pós-Graduação Lato Sensu em Gestão Estratégica e Logística do Polo Senador Canedo do Centro de Ensino e Aprendizagem em Rede da UEG, conta que esta foi a primeira vez que apresentou trabalho no Cepe e gostou bastante. “Estou conhecendo o Congresso esse ano, achei muito interessante. Fiquei muito nervosa na apresentação, acabei de ser avaliada agora. Mas, quando se faz a pesquisa na área que a gente já trabalha fica mais fácil”. A pesquisa de Elisângela é sobre a padronização dos processos produtivos, algo que cada vez mais as empresas têm buscado para evitar gargalos e diminuir o gasto de tempo e trabalho na execução das atividades.

Participar do Cepe também é novidade para Weldieny Gonzaga da Silva Campos, acadêmica do Mestrado em Produção Vegetal do Câmpus Ipameri. Em seu painel, ela expôs os resultados da sua pesquisa sobre o papel da educação na conscientização de alunos do ensino fundamental quanto à destinação correta de resíduos sólidos. Seu estudo também identificou o nível de percepção ambiental desses alunos.

Empolgada, Weldieny destaca os pontos positivos do evento: “Achei muito bom a questão da organização. Minha avaliadora me deixou bem à vontade para fazer a apresentação, ela compartilhou algumas ideias para melhorar o meu trabalho e também para eu levar os resultados da pesquisa para a sociedade”.

Igor Pereira Xavier também é da turma dos novatos no Cepe. Em sua apresentação, o estudante do 6º período do curso de Ciências Biológicas falou da atividade antioxidante do óleo essencial da Eugenia Uniflora L, a popular pitangueira, e de como “os compostos encontrados nas folhas da planta podem ser utilizados futuramente na produção de cremes, hidratantes e cosméticos em geral”. As descobertas com a pitangueira é fruto da pesquisa que Igor tem desenvolvido como bolsista na iniciação científica no Câmpus Itapuranga.

Estudo sobre povos indígenas

João Dorneles, acadêmico do 6º período do curso de Gestão de Turismo do Câmpus Cora Coralina da Cidade de Goiás, está participando do Cepe pela terceira vez como bolsista da iniciação científica. O tema da sua pesquisa é “Narrativas indígenas de Goiás”, especificamente o povo Tapuia. “Nós buscamos levantar e catalogar as narrativas históricas e o processo de criação e preservação desse povo, nos aspectos social, familiar, de relação com a natureza, de escrita sobre sua identidade etc. Já identificamos contos, lendas e mitos”, explica o estudante.

Segundo João, o povo Tapuia nasce da miscigenação dos Tapuias com não indígenas e com indígenas de outras etnias e, por isso, a comunidade está num processo de identificação da sua própria identidade – elementos históricos, ritualísticos, indumentários, culturais – e a UEG tem ajudado nessa procura.

O estudante enfatiza que as referências na área de narrativas indígenas ainda são muito poucas e que “esse tem sido um trabalho árduo de pesquisa. Acaba que nós estamos criando referência para futuros pesquisadores também”, aponta.

Avaliações

Para Thais Peres Montes, professora do curso de Sistemas da Informação do Câmpus Itaberaí e uma das avaliadoras dos painéis, os projetos apresentados esse ano estão bem diversificados, elevando o nível do evento.

“Nossos alunos têm tratado de assuntos bem interessantes e levado o conhecimento à sociedade. São pesquisas que tem embasamento teórico, pesquisa feitas em campo. Os trabalhos estão a cada dia melhor, os estudantes estão se superando”, elogiou a professora orgulhosa.

O professor Douglas Henrique Bottura Maccagnan participou da avaliação de trabalhos de todas as edições do Cepe e, segundo ele, é interessante a mistura, a diversidade de temas e níveis dos trabalhos que são apresentados nos painéis.

“Tem as pesquisas mais robustas dos alunos da pós-graduação lato e stricto sensu e aquelas pesquisas mais básicas do pessoal da graduação. Isso é o mais legal! Porque na iniciação científica a ideia é formar o pesquisador, então quando ele tem o exemplo do lado, do pós-graduando, engradece a formação do aluno”, assegura Douglas.  Comunicação UEG

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