comerciante João Carlos dos Reis Arantes, de 23 anos, confessou à Polícia Civil que era ciumento e que a briga que terminou com a morte da namorada Mônica Gonzaga Bentavinne, de 22 anos, ocorreu por ele não querer que ela ficasse com o celular enquanto ele estivesse ausente, em Goianira, na Região Metropolitana de Goiânia. O suspeito alegou ao delegado responsável pelo caso, Bruno Costa e Silva, que pegou a arma para assustar a namorada e não matar.
“Ele disse que ia ao dentista e não queria que ela ficasse sozinha em casa com o celular porque não queria que ela conversasse com outras pessoas. Ela não aceitou, começaram a discussão. Ele disse que ficou estressado, com raiva e a empurrou na cama. Ele pegou o revólver na gaveta, acionou o gatilho para cima, mas a arma falhou. Ele achou que não tinha munição e efetuou o disparo contra o rosto dela”, disse o delegado.
A reportagem tentou contato com a advogada de João Carlos, Eliane das Dores Ferreira, mas as ligações não foram atendidas.
O crime aconteceu no fim da manhã de quinta-feira (30), na casa em que o casal morava, há um mês. A polícia não acredita na versão do suspeito de que não sabia que havia bala na arma, um revólver calibre 38. A arma foi encontrada no local do crime com cinco munições e o tambor do revólver 38 fica exposto. Assim, a munição fica visível.
O delegado disse ainda que outra briga do casal, que aconteceu há 15 dias, na porta da casa da mãe de Mônica, reforça o histórico de violência do suspeito e que ele sabia que havia munição na arma.
“Há poucos dias ele tinha manuseado essa arma de fogo e tinha guardada na gaveta. A vítima tinha relatado para a tia que eles estavam dentro do carro, discutiram, e ela tentou sair e entrar na casa da mãe. Ele a segurou e deu um tiro para cima. Ele disse para ela falar para a mãe que era apenas bombinha”, relatou o investigador.