Atuação de facções nos presídios goianos deixa DF em alerta

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Com Comando Vermelho e PCC em prisões goianas, PMDF reforça divisa

Por questões geográficas e econômicas, Brasília absorve diversos problemas dos municípios goianos situados à sua volta. Um deles está na área de segurança pública. Recentemente, as forças policiais da capital do país passaram a ter uma preocupação a mais em relação a duas cidades goianas próximas ao Distrito Federal: Formosa e Anápolis. Em fevereiro de 2018, o governo de Goiás inaugurou dois presídios nessas localidades, que passaram a abrigar detentos de alta periculosidade.

A fim de evitar confrontos entre presos integrantes das duas maiores facções criminosas do Brasil, a administração penitenciária do estado vizinho optou por segregá-las. Para a unidade de Formosa são mandados os detentos identificados como membros do Comando Vermelho (CV). Já os presos fiéis ao Primeiro Comando da Capital (PCC) são mantidos em Anápolis.

O agrupamento de encarcerados extremamente organizados e violentos em unidades distintas fez a Polícia Militar do Distrito Federal alterar a forma de patrulhar as regiões mais próximas às saídas para essas duas cidades. Segundo o comando da corporação, houve orientação para os batalhões de área e as unidades especializadas da PMDF (Rotam e Patamo) reforçarem o efetivo em Planaltina – que faz divisa com Formosa  – e nas redondezas de Alexânia, cidade vizinha do DF que está na rota para Anápolis.

De acordo com o major Michelo Bueno, da Comunicação Social da Polícia Militar do Distrito Federal, os praças e oficiais que circulam por essas localidades receberão armamento mais pesado a fim de poderem responder à altura eventuais ataques das facções.

A preocupação das autoridades policiais brasilienses é justificada. Na noite do último dia 17, a PMDF apreendeu fuzis, pistolas e uma grande quantidade de explosivos (foto em destaque) em uma caminhonete na BR-060, na altura do Restaurante Comunitário de Samambaia. O condutor do veículo e outras quatro pessoas foram presas.

Juntos, eles têm condenações que somam 114 anos de prisão. Entre os crimes atribuídos ao trio, há tráfico internacional de drogas, sequestro e formação de quadrilha.

O armamento apreendido surpreendeu até mesmo os policiais que participaram da operação. Alguns fuzis são usados pelo exército dos Estados Unidos e por terroristas.

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