A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a execução da pena do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. A sessão ocorreu no começo da tarde desta terça-feira (26/6), por 3 votos a 1. A maioria acompanhou o voto do relator, ministro Dias Toffoli. O único voto contrário foi do ministro Edson Fachin, relator dos casos da Operação Lava-Jato na Suprema Corte.
O ministro Celso de Mello não estava presente na sessão. Os outros integrantes da Turma, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski também acompanharam o relator. A suspensão, no entanto, não é uma decisão definitiva, mas sim, apenas uma cautelar.
O argumento para conceder a liberdade é que os recursos do petista ainda podem ser julgados favoráveis dentro dos tribunais superiores, inclusive no STF. Dirceu foi condenado a 30 anos e 9 meses de prisão, após ter sido condenado em abril deste ano pelo Tribunal Regional da 4ª Região (TRF-4), por corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Ele é acusado de ter recebido R$ 10 milhões em propina de empreiteiras, por meio de de contratos superfaturados da Petrobras.
Durante o julgamento, Edson Fachin disse que a decisão seria contrária ao entendimento do STF, que autoriza prisão após condenação em segunda instância. Mas Toffoli discordou.