Cidades em alerta para surto de dengue, zika e chicungunha

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Dados do Ministério da Saúde mostram que Brasília e outras 15 capitais têm presença de Aedes aegypti em nível que exige atenção. A situação é crítica em 1.153 cidades
Mais de mil municípios brasileiros apresentam alta infestação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chicungunha. Segundo dados do Ministério da Saúde, 1.153 cidades (22% do território nacional) têm índice de infestação predial (IIP) acima de 4%, o que representa risco de surto das três doenças.
O Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa),  divulgado nesta quarta-feira (7/6), indica ainda alerta para surto em outros 2.069 municípios, sendo 16 deles capitais, incluindo Brasília. Nesses locais, o IPP fica entre 1% e 3,9%.
Os dados são um alerta para a necessidade de intensificar as ações de combate ao mosquito. “Com base nas informações coletadas, o gestor pode identificar os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito, bem como o tipo de criadouro predominante. O objetivo é que, com a realização do levantamento, os municípios tenham melhores condições de fazer o planejamento das ações de combate e controle do mosquito”, explica o Ministério da Saúde, em nota.
O índice de infestação predial (IIP) com taxas inferiores a 1% são consideradas satisfatórias. De 1% a 3,9%, há situação de alerta. Quando a taxa é igual ou maior a 4%, há risco de surto de doenças transmitidas pelo Aedes, segundo o Ministério da Saúde.

Capitais em alerta

Dezesseis capitais estão em alerta: Rio de Janeiro, Fortaleza, Porto Velho, Palmas, Maceió, Salvador, Teresina, Recife, Brasília, Vitória, São Luís, Belém, Macapá, Manaus, Natal e Goiânia. Apenas três capitais estão com índice satisfatório: São Paulo, João Pessoa e Aracaju. Duas capitais estão em risco: Cuiabá e Rio Branco. As capitais Boa Vista, Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis e Campo Grande não enviaram informações ao Ministério da Saúde.
Sobre o panorama do DF, a Secretaria de Saúde informou que os dados divulgados pelo Ministério da Saúde leva em consideração os informações fornecidas em fevereiro. “O último levantamento, publicado trimestralmente pela Secretaria de Saúde, aponta Índice de Infestação Predial de 0,77% em maio, bem abaixo dos 2,05% registrados em fevereiro. O que coloca o Distrito Federal com classificação de satisfatório”, destaca a pasta, em nota.
Em 2018, a previsão do governo federal é que o orçamento de vigilância em saúde para os estados chegue a R$ 1,9 bilhão. Este recurso é destinado à vigilância das doenças transmissíveis, entre elas dengue, zika e chicungunha. O recurso é repassado mensalmente a estados e municípios.
Até 21 de abril, foram notificados 101.863 casos de dengue e 40 mortes em todo o país. Ocorreram ainda 29.675 adoecimentos por chicungunha e quatro óbitos. A zika infectou 2.985 pessoas, sendo que uma morreu.

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