Deputado de Goiás zomba da morte do Papa Francisco

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Na manhã desta segunda-feira (21), o mundo inteiro foi tomado por luto e consternação com a morte do Papa Francisco, aos 88 anos. Reconhecido globalmente como um símbolo de empatia, diálogo e paz, o pontífice argentino deixa um legado espiritual e humano incalculável. No entanto, em vez de respeito e solidariedade, o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) optou por transformar o momento de dor coletiva em palco para zombarias de gosto duvidoso e desprezíveis provocações políticas.

Em sua conta na rede social X (antigo Twitter), Gayer publicou uma montagem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acompanhada da frase: *“Moraes deu 24 horas pra ser nomeado o próximo papa.”* A suposta piada não apenas desrespeita a morte de uma figura religiosa de relevância planetária, como também ridiculariza o próprio sistema democrático e as instituições brasileiras. O oportunismo rasteiro e a insensibilidade explícita tornam essa publicação não só repugnante, como sintomática de uma política que se alimenta do deboche e da banalização da vida.

Como se não bastasse, a publicação incentivou seguidores a irem além. Em resposta ao post do deputado, um usuário compartilhou uma imagem do ministro Moraes vestido de papa, realizando um gesto nazista — símbolo de ódio e intolerância condenado internacionalmente. A conivência do parlamentar diante de manifestações abertamente antidemocráticas e ofensivas não pode ser tratada como um “exagero das redes” ou uma “brincadeira fora de hora”. Trata-se de um grave sintoma de irresponsabilidade política, desrespeito institucional e normalização do discurso de ódio.

O Brasil é um país que historicamente preza pela liberdade religiosa e pela convivência democrática. Zombar da morte de um líder religioso como o Papa Francisco, cuja vida foi dedicada à promoção da paz e à luta por justiça social, é ferir o sentimento de milhões de fiéis e manchar a imagem do Parlamento com um comportamento indigno do cargo que Gayer ocupa.

Enquanto o presidente Lula decretou luto oficial de sete dias em sinal de respeito, e líderes do mundo todo manifestaram condolências, o deputado federal Gustavo Gayer preferiu o caminho do escárnio e da politicagem barata. A pergunta que fica é: até quando o Congresso Nacional vai se manter omisso diante desse tipo de conduta vergonhosa?

Não se trata de censura, mas de responsabilidade. A liberdade de expressão não pode ser escudo para a propagação de intolerância, insensibilidade e discursos que flertam com o autoritarismo. É preciso cobrar ética, decência e humanidade daqueles que foram eleitos para representar o povo. O que vimos nesta segunda-feira foi tudo, menos isso.

Este episódio não pode passar em branco. O silêncio diante dessa afronta seria cumplicidade. E o Brasil não pode se calar diante da morte do respeito. Por André Teixeira -n62999907919.

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