A Justiça de São Paulo arquivou o inquérito que investigava a morte do cão Joca, ocorrida durante o transporte em um avião da companhia aérea Gol em abril deste ano. O tutor do animal, João Fantazzini, ainda não foi notificado oficialmente sobre a decisão, segundo informações divulgadas pela sua defesa ao UOL.
A decisão foi proferida pelo juiz Gilberto Azevedo de Moraes Costa, que atendeu ao pedido do Ministério Público de São Paulo (MP-SP). De acordo com a Promotoria de Justiça de Guarulhos, responsável pelo caso, a morte de Joca foi resultado de uma sequência de erros e negligências cometidos por funcionários das empresas Gol e Gollog, que realizaram o transporte do animal. No entanto, a Promotoria concluiu que não houve dolo, ou seja, intenção de causar sofrimento ao cachorro, motivo pelo qual o inquérito foi arquivado.
O caso ganhou grande repercussão nas redes sociais e gerou comoção entre defensores dos direitos dos animais, que pediam justiça para o cão Joca. A defesa do tutor ainda não se pronunciou oficialmente sobre a decisão da Justiça, mas o arquivamento pode ser contestado em instâncias superiores.
A tragédia trouxe à tona o debate sobre a segurança no transporte de animais por via aérea e as responsabilidades das companhias aéreas em garantir o bem-estar dos pets durante o processo. Em meio à comoção pública, muitos questionaram se as normas e procedimentos adotados para o transporte de animais são suficientes para evitar casos como o de Joca.
A Gol e a Gollog não se manifestaram sobre o arquivamento do inquérito, mas a empresa, em comunicações anteriores, lamentou o ocorrido e afirmou estar revisando suas práticas para aprimorar o transporte de animais.
Este episódio reabre discussões sobre a necessidade de aprimorar as regulamentações e protocolos para garantir maior segurança e cuidado aos animais de estimação transportados em viagens aéreas, a fim de prevenir que outras famílias passem pela dor vivida por João Fantazzini.