Portugal cobra caro para mostrar ouro de Goiás

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Museu recém-inaugurado em Lisboa exibe pepitas de até 20 quilos e diamantes das jazidas do Brasil Colônia – mas esquece escravidão e revoltas

O primeiro aviso aos compatriotas vem de um dos trabalhadores brasileiros da mais nova atração turística de Lisboa, o Museu do Tesouro Real – uma caixa-forte de três andares que guarda pepitas de ouro de até 20 quilos e 22 mil pedras preciosas, quase todas diamantes, identificadas como nativas da “região apelidada de Minas Gerais” e também de Goiás.

O acervo do museu, inaugurado no início de junho, trata da riqueza que rendeu ao então império escravocrata português, sobretudo no século XVIII, um poderio financeiro sem igual. O ouro brasileiro alavancou o comércio entre Portugal e parceiros poderosos como a Inglaterra, irrigou casas bancárias europeias e se transformou em joias usadas por reis e rainhas, agora expostas ao público – centenas delas pela primeira vez.

A catarse dos brasileiros começa já na bilheteria, antes mesmo de se depararem com um diamante bruto comparável a uma pequena lâmpada, uma água-marinha mais robusta do que um ovo, e uma impressionante vitrine onde reluzem catorze pepitas de ouro com o tamanho de uma mão fechada.

Sem esquecer do “torrão” de 20 quilos, ouro aglomerado a ferro e quartzo, exposto numa vitrine exclusiva. É considerado tão raro “que foi exibido em 1876, num baile no Paço da Ajuda”, segundo a descrição do museu. – Matéria da Revista Piauí. 

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