A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta terça-feira, 27, que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre duas notícias-crime apresentadas contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que teria atuado para atrapalhar a apuração da maior apreensão de madeira do Brasil. Cármen Lúcia avaliou os fatos narrados como de “gravidade incontestável”.
Na decisão, a ministra cobrou uma atuação firme da PGR, que é responsável definir se será aberta uma investigação formal. Para Cármen Lúcia, eventual arquivamento do caso deverá ser devidamente justificado.
Um dos pedidos de investigação foi apresentado pelo delegado da Polícia Federal (PF) Alexandre Saraiva, que era superintendente da PF no Amazonas. O PDT também pediu apuração. As duas notícias-crime envolvem a suspeita de que Ricardo Salles, o senador Telmário Mota (Pros-RR) e o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Eduardo Bim, tenham agido para dificultar a investigação da Polícia Federal sobre a maior apreensão de madeira da história (mais de 200 mil metros cúbicos) e defender o interesse de madeireiros.