De acordo com notícia publicada no site oficial da Polícia Civil um ex-presidente do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado de Goiás (Ipasgo) e uma médica foram indiciados pela morte de um idoso que estava em tratamento contra o câncer no Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia (Ingoh).
De acordo com o inquérito, houve prescrição e liberação fraudulenta de uma medicação ineficiente ao paciente, o que contribuiu para antecipação da morte.
Alexandre Francisco de Abreu tinha 78 anos e usou um medicamento prescrito pelo hospital que não tinha indicação para o tipo de câncer que ele tratava. A morte do idoso é investigada dentro da Operação Metástase, que apura suposto desvio de R$ 50 milhões do Ipasgo por fraudes em auditorias e tratamentos inadequados.
A investigação da Polícia Civil aponta que o Ingoh e o Ipasgo fraudaram auditorias médicas que desviaram cerca de R$ 50 milhões do plano de saúde. O faturamento do Ingoh, segundo a denúncia, cresceu quatro vezes entre 2013 e 2018, com salto de recebimentos anuais do Ipasgo de R$ 30 milhões para R$ 120 milhões.
A investigação durou seis meses e identificou três formas que os investigados usavam para fraudar as auditorias médicas. A primeira acontecia automaticamente com a ajuda de um robô. A segunda, por meio de empresas terceirizadas. Outra forma era com a ajuda de médicos a serviço do Ipasgo e do Ingoh.
PC/GO