Doença do pombo: Justiça condena prefeitura de Goiás a indenizar funcionário infectado no local de trabalho

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A Justiça condenou a Prefeitura de Goiânia a indenizar em R$ 50 mil um servidor que contraiu a doença do pombo durante o trabalho. Por causa da enfermidade, Waldison Porto teve que ficar na UTI por 30 dias e quase morreu. O trabalhador também pediu uma pensão mensal, alegando que a doença diminuiu a capacidade dele, mas o pedido foi negado.

A juíza responsável pelo caso, Jussara Cristina Oliveira Louza, considerou que houve negligência por parte da Prefeitura. Não houveram, de acordo com os autos, cuidados por parte do poder público para evitar a infestação de pombos.

“É de conhecimento de todos a existência de grande quantidade de pombos no Paço Municipal, sendo certo que o Município poderia ter combatido o problema”, disse Jussara. “Ao não tomar as medidas necessárias para o devido controle dessas aves, o contato das pessoas se torna contínuo, podendo ensejar no acometimento de doenças graves, como no caso do autor”.

Waldison é funcionário efetivo da prefeitura desde 2011 e era responsável por atividades administrativas. O servidor afirmou que foi determinado a ele que realizasse a limpeza da caixa d’água do prédio. O local, ainda de acordo com o autor da ação, estava cheio de fezes de pombos.  Foi quando ele contraiu a doença, em 2015.

O diagnóstico foi feito no Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), onde ele ficou internado. De acordo com o laudo médico, o homem apresentou quadro grave de insuficiência respiratória e renal e foi submetido à hemodiálise e tratamento por seis meses.

Doença do Pombo

A criptococose é causada pela inalação de poros de um fungo presente nas fezes de pombos urbanos e de morcegos, que também pode ficar em troncos de árvores e frutas secas. A enfermidade  levou dois homens à morte em Santos (SP) este ano. O fato fez com que o HDT a lançasse um alerta.

Os principais sintomas da doença são dores de cabeça, febre, vômito, rigidez na nuca, alterações da visão, fraqueza, dor no peito, confusão mental, náusea, falta de ar, formigamento nos braços e nas pernas. Eles variam de acordo com o estado imunológico do paciente e podem ocorrer de dois dias a até 18 meses.

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