Em operação integrada, por meio do compartilhamento de informações, a Polícia Civil de Goiás – através da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (Decar) -, a Polícia Militar, a Polícia Rodoviária Federal e a Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP) deflagraram nessa quinta-feira (22) a Operação Lex Dominus. A operação é resultado de uma investigação que durou seis meses e desmantelou uma célula da facção criminosa Comando Vermelho (CV) instalada em 13 cidades do estado, com núcleo em Itaberaí e ramificações em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Inhumas, Cidade de Goiás, Itapuranga, Aruanã, Jaraguá, Mossâmedes, Mozarlândia, Anápolis, Abadia de Goiás e Edeia.
A organização praticava crimes como roubo, tráfico de drogas, homicídio e tráfico de armas. Uma parte importante da investigação apurou e prendeu dois envolvidos (Estella Mendanha de Oliveira e Wallysson Cristino Gonçalves Amorim) que faziam a movimentação financeira do caixa da facção criminosa para Ihago Roberto Mendonça e Marcus Vinicius Cardoso Espíndola, também presos na operação. Ihago é tido como um dos principais chefes da organização criminosa, que orquestrava ações como roubo de veículos, tráfico e homicídios, sobretudo em Itaberaí, de dentro da cadeia. Além disso, ele recrutava pessoas para efetuar as ações delitivas na cidade. Por este motivo, a maioria dos mandados expedidos (27) foram contra investigados que moram em Itaberaí, sendo que 4 deles já estavam presos. Ihago encontra-se recolhido no núcleo de custódia da Penitenciária Odenir Guimarães (POG), em Aparecida de Goiânia.
Foram apreendidos durante a operação drogas, celulares, quatro armas, dinheiro e os cadernos de controle de batismo e contabilidade de drogas do Comando Vermelho.
Foram expedidos pelo Poder Judiciário, ao todo, 47 mandados de prisão cautelar e 50 mandados de busca e apreensão para cumprimento contra os membros da organização criminosa. O balanço da operação terminou com o cumprimento de 41 dos 47 mandados de prisão. Dos 41 investigados detidos, 10 já estavam presos nas cadeias do estado. Por este motivo, foram feitas buscas e cumpridos mandados de prisão dentro de cadeias, o que teve o apoio operacional da Administração Penitenciária.
A operação mobilizou cerca de 400 policiais das forças de segurança pública. Lex Dominus foi o nome escolhido para batizar a operação, que na expressão em latim significa “Império da Lei”.