‘Chico Mineiro’ representa o ciclo dos tropeiros de Goiás

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As festividades do Dia de Cora começaram no amanhecer da última terça-feira, dia 20. Os cavaleiros da primeira Cavalgada do Caminho de Cora chegaram na cruz de Chico Mineiro, que fica dentro de terras particulares na região da Cidade de Goiás, próximo às ruínas do Arraial de Ouro Fino. A comitiva foi recepcionada pelos secretários de Estado de Indústria, Comércio e Serviços Wilder Morais e de Cultura Edival Lourenço, presidente da Goiás Turismo Fabrício Amaral, prefeita da cidade de Goiás Selma Bastos, prefeito de São Francisco de Goiás Wilmar Ferreira, prefeito de Pirenópolis João do Léo, além de vereadores e outras autoridades locais.

Os cavaleiros saíram na madrugada do último sábado, dia 17,  de São Francisco de Goiás. A primeira parada feita pelo grupo no Dia de Cora faz parte dos 300 quilômetros de história, cultura e belezas naturais do “Caminho de Cora”. A cruz de Chico Mineiro é parte da história de Goiás. Representando os tropeiros, que mantinham a principal atividade econômica de Goiás no século XIX, Chico Mineiro virou personagem de contos e cantos da cultura goiana. No local, os cavaleiros e todas as autoridades presentes renderam homenagens ao Chico Mineiro, que teve sua história conhecida por meio de uma composição musical que ganhou o país.

Ao ser convidado pelos cavaleiros a falar com os presentes na homenagem, o secretário Wilder Morais destacou a importância de valorizar nossas raizes e relembrar nossa história. “A cultura é uma das formas mais eficazes de divulgar um lugar. O turismo cultural é realmente grande atrativo de visitantes. Aliados a isso, Goiás tem verdadeiras riquezas naturais que podem virar referência mundial. E o que estiver ao nosso alcance, enquanto secretários de Estado, iremos fazer para impulsionar esse setor econômico para gerar emprego para nosso povo e maior distribuição de renda aos goianos”, destacou Wilder.

O secretário de Cultura Edival Lourenço relembrou a história de Goiás desde o Ciclo do Ouro e a importância do Arraial de Ouro Fino na formação da primeira capital goiana. Já o presidente da Goiás Turismo Fabrício Amaral falou sobre a consolidação do Caminho de Cora, um projeto que visa projetar Goiás nacionalmente, levando muita beleza, muita cultura e muitos contos aos turistas que fizerem o percurso.

Terminados os discursos, os cavaleiros deram seguimento a cerimônia. Uma coroa de flores foi colocada na cruz de Chico Mineiro pelas autoridades, enquanto a última homenagem era prestada pelos cavaleiros. Numa fileira organizada com todos os 25 participantes da cavalgada, em galope despediram da cruz e seguiram para as ruínas da igreja do Arraial de Ouro Fino.

Fundado por Bartolomeu Bueno da Silva Filho, em 1727, na época da busca pelo ouro, o Arraial de Ouro Fino traz a história de nossos antepassados. Para o grupo, festejar a vida de Cora também é contemplar os monumentos históricos da região da Cidade de Goiás. Assim fizeram. Nas ruínas da igreja de Arraial de Ouro Fino, um grupo de violeiros, liderado pelo cantor Almir Pessoa, cantou muita moda de viola, a exemplo da música de Tonico e Tinoco que imortalizou o personagem de Chico Mineiro.

Seguindo a agenda de comemoração dos 130 anos de Cora Coralina, o grupo seguiu para a única igreja de estilo barroco do Centro-Oeste, que fica próximo ao Arraial do Ouro Fino. Ela foi construída no Arraial do Ferreiro, em que o nome se dá pela história. Conta-se que antigamente as tropas que passavam pela estrada do ouro eram ferradas na região, por isso “Arraial do Ferreiro”. Na igreja, a comitiva recebeu o governador Ronaldo Caiado. Eles almoçaram no local e provaram o famoso arroz carreteiro que compõe os atrativos gastronômicos do “Caminho de Cora”.

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