Caso Marielle: Motorista preso diz a investigadores que levava miliciano para encontros com vereador

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RIO – A Delegacia de Homicídios da Capital tem um testemunho que contesta declarações de dois investigados pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, ocorrido há dez meses no Estácio. Em um depoimento, Renato Nascimento dos Santos, o Renatinho Problema, disse que o miliciano Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica (de quem seria braço direito), e o vereador Marcello Siciliano (PHS) se encontraram em pelo menos quatro ocasiões. Orlando e Siciliano haviam dito à especializada que só se conheciam “de vista”.

O depoimento de Renatinho Problema foi inserido num dos 28 volumes do inquérito sobre a morte de Marielle e Anderson. Ele disse à polícia que trabalhou como motorista de Orlando e que tinha a rotina de levar o miliciano a uma empresa e ao apartamento de Siciliano, no Recreio. A empresa seria a Martinelli Imóveis, que de acordo com a Junta Comercial, funciona no mesmo endereço da La Mia Vita Empreendimento Imobiliários, de propriedade do vereador.

Antes do depoimento de Renatinho — que não é considerado suspeito de envolvimento na morte de Marielle e Anderson —, a única evidência que ligava Orlando a Siciliano era a delação de um ex-integrante da quadrilha do miliciano. Ele contou que, em junho de 2017, viu o vereador em um restaurante do Recreio com Orlando. O político teria reclamado de Marielle e pedido ao miliciano para “resolver o problema”.

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