O Governo de Goiás realizou uma coletiva à imprensa na tarde desta segunda-feira, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, para tratar da transição dos governos e responder à declarações feitas na última semana pelo governador eleito Ronaldo Caiado (DEM). Caiado, entre outros pontos, havia afirmado que o Estado daria “calote” em servidores e que “dados apresentados eram artificiais”.
Em resposta ao democrata, durante a entrevista, Afrânio Cotrim Júnior, superintendente executivo da Secretaria da Fazenda (Sefaz), afirmou “o que foi encaminhado [para a equipe de transição do governo], foi absolutamente aquilo que foi requerido [por Caiado]”.
“Nós já estamos a trinta dias de um processo eleitoral que se findou, mas ao que parece o senhor governador eleito ainda está preso a ele” declarou Afrânio, completando que “a equipe de transição do governo se pautará extremamente de acordo com o decreto que José Eliton publicou e que baliza o processo de transição”. Ou seja, irá informar, apenas o que for solicitado.
O superintendente da Sefaz reforçou, ainda, que ele e sua equipe, formanda por Joaquim Mesquita, secretário de Gestão e Planejamento; José Carlos Siqueira, presidente do Ipasgo; Fernando Tibúrcio, secretário da Casa Civil; e o secretário-chefe da Controladoria-Geral do Estado, Tito Souza do Amaral; irão responder a tudo o que for solicitado pelo governador eleito e sua equipe.
Na ocasião, Joaquim Mesquita, pontuou e reiterou sobre o déficit informado pelo governador José Eliton (PSDB) na última semana. “Goiás deverá fechar o ano com déficit orçamentário de R$ 241 milhões […] a dívida está no menor patamar dos últimos 20 anos, número inferior à uma receita líquida”, assegurou.
O secretário também ratificou que todas as informações solicitadas por Caiado estão disponíveis no portal da transparência. “Há de se destacar, que Goiás é o Estado que aparece como o primeiro em transparência, então primamos por transparência”, completou.
Já sobre a falta de informação quanto à destinação dos repasses às OSs, reclamada por Caiado e pelo líder de sua equipe de transição, Wilder Morais (DEM), Tito Souza afirmou que não houve, da equipe de Caiado, questionamentos sobre as organizações. “Assim que essa demanda vier ate a equipe, nós prontamente responderemos”, esclareceu.
“A preocupação do governo e do governador José Eliton é de cumprimento integral das vinculações constitucionais, da legislação de responsabilidade fiscal, do pagamento dos fornecedores e dos servidores, de maneira que nós possamos chegar ao dia 31 de dezembro de 2018 com encerramento regular e pleno da gestão do estado”, explicou.
Pagamento da folha
Sobre o pagamento dos servidores, especificamente, Joaquim mesquita voltou a ressaltar, também, que toda a equipe de governo tem trabalhado de modo a garantir, a exemplo dos anos anteriores, o cumprimento integral das vinculações constitucionais, da Legislação de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Questionado sobre informações de que o governo estadual possa não efetuar o pagamento da folha de dezembro, Mesquita ressaltou que boatos como esse começaram no mês de abril e até hoje não se cumpriram. O titular da Segplan disse que o que existe “é um esforço é para manter as contas do Estado em dia”.
“Não existe calote, como afirma o governador eleito. O pagamento da folha de dezembro será feito como sempre, no dia 10 de janeiro, como determina a Constituição. O que eles estão fazendo é futurologia”, disse Tito do Amaral. “O governo não tem nada a esconder. Temos passado todas as informações com intuito de que o governador eleito faça um bom governo para os goianos”, afirmou o controlador-Geral do Estado.