Valparaisense é suspeito de integrar organização que vendia lotes irregulares no DF

0

Polícia Civil do Distrito Federal prendeu dois homens suspeitos de participarem de uma organização criminosa que vendia lotes do Condomínio Mansões Entre Lagos de outras pessoas como se fossem deles mesmos.

Segundo o delegado responsável pela investigação, Ulysses Fernandes, o grupo embolsou cerca de R$ 2 milhões com as fraudes. O esquema fez ao menos 25 vítimas.

O chefe da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), que conduziu a apuração, disse que também participavam do sistema uma corretora de imóveis, um funcionário de cartório em Brasília e outro estelionatário.

A investigação começou em abril. De acordo com a polícia, Renilson Oliveira Torres, de 39 anos, e Arquisio Bites Leão, de 52, ( que mora em  Valparaíso) usavam programas de edição de imagem para fazer fotomontagens da documentação dos contratos da cadeia dominial dos lotes – estes são os papéis que mostram a sequência cronológica e registro de todas as transmissões ocorridas sobre o mesmo terreno.

Com ajuda de um funcionário do condomínio, Rodrigo Pereira Silva, de 37, os documentos fraudados eram inseridos nas pastas dos imóveis, sem o conhecimento da gerência do espaço. A reportagem tenta contato com os responsáveis pelo condomínio.

“O Renilson orientava as vítimas a procurarem o Rodrigo quando fossem visitar os lotes. Ele, então, mostrava a documentação fraudulenta e dizia que não havia impedimento para a aquisição do bem”, explicou o delegado Ulysses Fernandes.

Fachada do Condomínio Mansões Entre Lagos, no Distrito Federal  (Foto: Google Maps/Reprodução )

Fachada do Condomínio Mansões Entre Lagos, no Distrito Federal (Foto: Google Maps/Reprodução )

A corretora de imóveis e o funcionário de um cartório do Plano Piloto ajudavam nas falsificações e na criação de novos documentos, conforme informou a polícia.

“O funcionário do cartório, sem o conhecimento do cartório, pegava essas fotomontagens falsas e emitia as escrituras dos lotes. Essas escrituras viabilizavam a transferências dos imóveis junto à Secretaria de Fazenda”, disse o delegado da 6ª DP.

Durante o levantamento das informações, os agentes identificaram ainda “laranjas” que emprestavam as contas para que Renilson Torres ocultasse o valor das compras dos imóveis.

Segundo o delegado, essas contas já foram bloqueadas e o dinheiro retido deverá ser transferido para as vítimas do golpe. Durante a operação, três veículos foram apreendidos – um Toyota Hilux, um Honda Civic e um Hyundai HB20.

Um dos veículos apreendidos pela Polícia Civil durante operação contra fraude imobiliária no Distrito Federal (Foto: Polícia Civil do DF/Divulgação)

Um dos veículos apreendidos pela Polícia Civil durante operação contra fraude imobiliária no Distrito Federal (Foto: Polícia Civil do DF/Divulgação)

Prisões

Renilson Torres, indicado como o líder do esquema, foi detido na madrugada desta quarta-feira (22) em Governador Eugênio Barros (MA). A prisão dele contou com o apoio da Polícia Civil do estado.

A Justiça também decretou a prisão preventiva de Rodrigo Silva. Os dois devem responder pelos crimes de associação criminosa, estelionato e falsificação de documentos. Até a publicação desta reportagem, Arquisio Bites Leão estava foragido.

A corretora e o funcionário do cartório foram indiciados pelos mesmos crimes, mas responderão em liberdade. A Polícia Civil não informou o nome desses suspeitos. – As informações e imagem são da Globo Brasília 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui